Então, faz tempos que não nos vemos. A internet ficou terrível de uns dois dias para cá, mas parece que melhorou. Vou atualizá-los agora com os dias de ontem e antes de ontem e depois tentar seguir normalmente. Primeiro vou contar
nossa saída de NY que foi uma hecatombe inesquecível.
Estávamos com o horário para o transfer folgado, só
sairíamos às 11h20, por isso relaxamos, chegamos até a ir em algumas lojas pela
manhã. Resultado: esquecemos do horário. Chegamos e já fomos descer as 5 malas
– que vão virar oito até o fim da viagem – para o lobby, foi quando começou a
cagança.
Entrei primeiro no elevador para colocar todas as malas,
enquanto minhas tias iam me dando pela porta. Depois da última, o elevador
fechou que não quis abrir mais. Estavam eu, 5 malas e um gringo. Ok, descemos.
Quando o elevador abre lá embaixo, trilhões de pessoas formavam uma fila para
entrar e eu, que morro de vergonha de fazer quem eu não conheço esperar,
inventei de sair arrancando as malas do elevador para ser tudo rápido. A Hulk
aqui começou a arrebentar a mala daí. Na primeira puxada, o puxador veio na
minha mão, quebrando e arremeçando pedaços de plástico por toda recepção. Onde
eu enfio a cara, Salvador? Fingi que aquilo era extremamente normal e que eu já
sabia que ocorreria. Na descida das escadas para a van, o mexicano miserável
arrancou a mala, que já estava 30% quebrada, da minha mão e saiu arrastando a
bichinha pelos degraus. Foi aí que eu quis morrer!!!!! Eu estava arrastando
minha mala de bordo, com Alvin – o urso da IKEA – a tiracolo e a minha bolsa no
ombro, quando percebi a tragédia. Enquanto o motorista levava minha mala pelas
ruas de NY, seus restos mortais iam ficando pelo caminho. Foi soltando
pedacinho por pedacinho do carrinho e as rodas foram ficando e se rebelando
pelo caminho. Uma queria ir para a Times, outra comer uma pizza no 2Bros e
assim por diante. Era eu gritando em português
com um mexicano que fala inglês, me embolando para catar as rodinhas e tomando
soco na cara da bolsa que, toda vez que eu me abaixava, vinha direto na minha
cara. Ser mulher é uma merda. Me retei tipo master! A mala pesava 19kg e eu
tinha que carregá-la e rezar, ao mesmo tempo, para o meu esôfago não estourar,
enquanto eu fazia força, ou acontecer coisa pior.
Pronto, a partir daí fizemos um voo até tranquilo para
Orlando, duas horinhas. Quando chegamos lá, desistimos de pegar o ônibus que
pegaríamos para o hotel, pois seria impossível manejar o peso morto da minha
mala dessa forma. O táxi para o nosso hotel – Orlando Continental Plaza – deu
menos de 50 dólares e, assim que chegamos na porta, minha tia puxou minha mala
pelo puxador lateral que restava e esse veio em sua mão, como um telefone
retirado do gancho, provocando o desespero geral da nação. Agora sim eu estava
oficialmente FUDIDA com essa mala.
Acidentes a parte, o hotel é muito bacana. Tem piscina,
salinha de jogos, lavanderia e o quarto é maior. O único ruim é que não tem
internet no quarto, o que dificultará que eu entre diariamente no face, blog
etc. Estou, nesse momento, no lobby. Pelo menos o wi-fi daqui é gratuito! De
resto, estamos super bem localizadas, perto de mercados, farmácias e
restaurantes, em frente ao Wet’n’wild.
Como chegamos no fim da tarde, resolvemos ir no mercadinho
aqui próximo e fazer uma compra noturna para termos alguma coisa fácil para
jantar. Enquanto nos arrumávamos, eu percebi o tempo fechando, mas não estava
preparada para o que viria. Eram trovões, raios, uma barulheira no céu,
relâmpagos, foi um terror! Uma chuva para se acabar... Disseram que isso é bem
comum nessa época: um sol de RACHAR pelo dia e chuva forte no fim da tarde.
Hoje, nossos planos eram Animal Kingdom pela manhã e compras
na volta. Então... Existe um ônibus que busca na porta de vários hotéis aqueles
que querem ir para os parques da Disney e leva todo mundo, de graça, ao
destino! O único problema é que o primeiro ônibus sai 7h30!!! Como não
sabíamos, perdemos e só fomos pegar o de 11h45. Enquanto isso, ficamos rodando
por aqui e percebemos o quanto Orlando é brasileira! Em todas as lojas,
restaurantes, esquinas há um brasileiro. É impressionante!
O ônibus deixa a gente no Epcot para de lá pegarmos o com
destino ao Animal Kingdom, tudo gratuito. Chegamos no parque logo após o almoço
e fomos direto comprar nosso fastpass para a atração principal, o Everest.
Minha gente, que inferno. O calor escaldante logo virou uma chuva torrencial e
o parque INTEIRO começou a, simplesmente, fechar. Aqui, eles levam a chuva
MUITO a sério e saem fechando a porra toda MESMO, principalmente por conta das
montanhas russas, todas sempre com muita eletricidade envolvida. Resultado...
Um beijo e um queijo para vocês, sinto muito pelo dinheiro gasto com o ingresso,
mas fim de show. PÓTAQUEOPARIU! Não deu para fazer quase nadinha, só tirar umas
fotos e olhe lá! Pirada, retornamos todo o caminho ou melhor tentamos retornar
para conhecermos um famoso outlet daqui. Rapaz, que saga. Tivemos que pegar a
linha comum de ônibus e foi terrível, pois tudo aqui em Orlando é muito longe e
eu tinha a sensação, todo o tempo, de que estava na BR indo para Feira de
Santana de tanto que demorava para chegar a civilização. Inclusive, não
aconselho ninguém a vir para cá sem alugar carro, é quase impossível transitar,
dá muito trabalho e exige conhecimento de território.
Eu chegando super feliz:
Eu toda trabalhada na frustração:
Depois de mais de uma hora e muita risada, chegamos no
outlet chamado Premium Outlet e finalmente achamos um outlet que prestasse.
Tudo muito barato, de marca ou sem, com descontos ótimos, promoções incríveis e
fica aberto até as 23h! Sensacional, pena que não aproveitamos tanto, pois já
chegamos um pouco tarde.
Cheguei no hotel acabada e vim aqui rapidinho só dar uma
satisfação para vocês. Amanhã acordo 6h30 para pegar o primeiro ônibus com
destino ao Magical Kingdom. REZEM PARA NÃO CHOVER!
LOVE.
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