Não tem jeito, não é? O passado é o período de nossas vidas mais inconformado de todos. Volta e meia ele retorna. E retorna cínico, na maioria das vezes. Sonso, dissimulado. Fingindo que ele não aconteceu.
Lá atrás, num dia qualquer, na fragilidade dos nossos sonhos, a gente dá um passo que, mal sabe a gente, mudará o curso inteiro. No segundo em que optamos, a vida toma seu rumo, modifica o destino inteiro e a gente se reconhece numa simples decisão mal dimensionada.
É quase um carrossel obrigatório em que o passado acha, convicto, que você não pode jamais abandonar o cavalinho e que, pior, tem que se conformar com as voltas tontas que te mostram sempre a mesma paisagem. Andar em círculos, essa parece ser a oração do passado que incomoda.
Se diante de um passado insistente há sempre um fraco presente, as coisas retornam. Invadem janela, arrombam a porta e se instalam, assim, como donos da casa. Não há mais espaço para campainha ou educação. Mas, como até burro manco empaca quando quer, é preciso negar a repetição, a inconveniência da passividade sentimental e bater o pé: agora, não.
Quem pensa que evitá-lo é a melhor saída, sinto dizer, está redondamente enganado. Remédio para o passado é o enfrentamento. Olhe nos olhos dele e consiga dizer não. E ressalto, passado tem que ser finalizado. Qualquer questão mal resolvida retornará. Todas elas, sem exceção, encontram seu presente para se pronunciar.
E como eu, militante da causa, não quero abrir espaço para averiguações, vou parar de falar. Até porque passado que é passado vasculha terreno para emergir e aqui não há margem ou superfície que o defenda. Aqui o naufrágio é certo.
Atenciosamente,
Sra. Iceberg
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk vc é uma verdadeira comedia Iceberg!!!!
ResponderExcluirO problema é que sempre volta quando não estamos muito firmes...
ResponderExcluirSEMPRE!
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