sexta-feira, 17 de junho de 2011

Sol da meia-noite

"O olhar de uma mulher faz pouco até de Deus, mas não engana outra mulher." Chico Buarque.

Chico, Chico... Obrigada por descrever tão bem a raça.
Você, mulher, que já teve a felicidade de encontrar alguém, sabe o que representa o olhar de outra mulher.

Sabe que mulher, quando quer, é pior do que mulher.
Sabe, também, que homem, até sem querer, não sabe o que quer aquela mulher. E ela se aproxima.

Sempre ouvi que o macho alfa comanda a conquista. Que sente o feromônio, escolhe a fêmea a dedo, revista seu corpo, aprova sua estrutura corporal, decide que ali cabe uma cria e copula. Ledo engano.

Nós, mulheres, posicionamos nosso corpo de modo que te ofereça desejos. Nós, mulieribus, soltamos hormônios pelo olhar. Te fisgamos feito zoom, já diria o mestre, também. E não nos importamos que pensem que só estávamos ali na vitrine.

Nós, blush e rímel, somos brisa de amor.

A gente gosta de ser vista. E a gente sabe quando é vista. E a gente muda quando é vista. E vira vista permanente de quem quiser.

E como isso serve para toda raça, há outras mulheres por aí que querem ser o sol da meia-noite. Há, do seu lado, um perfume amadeirado querendo sua mão nas costas, sua segurança enlaçando sua cintura, sua companhia para o cinema.

Portanto, homens, confiem em suas mulheres. Se nós inflamos nosso pavão para outra fêmea, não nos desautorize. Em briga de território, é sempre bom se afastar.

E vocês, mulheres. Cuidem dos seus. Cuido do meu. Cuidaremos dos nossos.




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