quinta-feira, 23 de maio de 2013

Não se faz mais filmes de terror como antigamente...

Estou arrasada. Virada no car**** com esses filmes de terror. Aliás, com esses filmes que se DIZEM de terror, pois muitos deles beiram a comédia. Eu sempre fui, desde muito nova, uma adoradora dos filmes dessa categoria e venho me desapontando seriamente com o que venho vendo nas telinhas. Antigamente, eu via um filme de terror e não conseguia dormir e essa era a graça de assistir, pois eu sempre fui chegada a ter medo, me assustar etc. Já chorei de medo assistindo, gritei de arder a garganta e, hoje em dia, quando muito... um pulinho de vez em nunca na cadeira do cinema.

Os três últimos que foram lançados, francamente... O primeiro deles foi MAMA:


O enredo é até interessante, a ideia da história até colaria se o personagem não fosse tão uma versão zumbi dos looney tunes, onde um personagem de desenho invade o mundo real. Eu arriscaria dizer, EXCRUSIVI, que as meninas assustam MUITO mais em termo de imagem do que a própria MAMA, assim que elas são achadas.

Duas crianças crescem na floresta após o seu pai tentar matá-las e elas serem salvas por MAMA. Ok, até aí tudo bem. Aliás, o filme é FANTÁSTICO até MAMA mostrar sua verdadeira face para o público. Ela assusta muito mais enquanto permanece na penumbra da noite, na sombra das paredes e no canto dos olhos das meninas.

Ainda assim, após a revelação, o filme tem um final inesperado - pois não é no estilo o bem sempre vence o mal - e você até desenvolve uma peninha de Mama e acaba sendo um dos melhores, na minha AOMILDE opinião, do gênero ultimamente. Pelo menos esse tem uma história massa que te envolve, já os outros...

O outro que assisti, logo em seguida, foi a Morte do Demônio:

Que mentira, minha gente. De apavorante, o filme não tem NADA. Eu juro que, inclusive, ouvi gente dando risada no cinema. 

OK que eu sou carne de pescoço, mas eu assisti a película apavorante (uiii!!) comendo um delicioso prato do Pasta Fast, um macarrão com molho branco, frango com camarão que, rapaz... Estava bem mais interessante! 

Tudo bem que ele é uma "nova visão" de um filme de terror de 1981 e que se a gente assistisse ele hoje, entraria facilmente na categoria de trash, eu imagino.

Inclusive, cometerei a gafe de comentar sem ter assistido o original, mas vamos lá. 

Derrame muito sangue, mas muito sangue mesmo, misture com vômitos, membros arrancados na tora e muita safadeza de uma demoniazinha de colegial e TCHARAM! Essa é a morte do demônio! 

Ok, se era para ser trash, eu respeito. Ele alcançou o objetivo. PORÉÉÉÉM, acho que eles não tinham isso como alvo, era para realmente ser um filme apavorante e... QUÉN, QUÉN, QUÉN, QUÉÉÉÉÉN....

Não há história, enredo, nada que sustente a sua atenção no filme. Todas as cenas são imagens bizarras de um demônio lésbico-drogado que fica pregando peças em todos, faz uma chuva de sangue e uma grande fogueira no final.

O último que eu assisti foi O último exorcismo - Parte II:

Ói, que raiva, viu? Que desgrama de filme UÓ foi esse? Pense no dinheiro perdido? Mas, minha gente... Esse aí não tem condição não! Primeiro que essa imagem do cartaz não existe no filme e eu DETESTO quando isso acontece, propaganda enganosa. Segundo que, veja bem, a parte I desse exorcismo, em 2010, foi até um sucesso a parte, mas desconfio que o motivo tenha sido o final sem respostas que ele dá. Esse aqui foi inventar de dar um desfecho, deu uma merda da porra.

Essa piranha beata, porque é isso que ela é, dá uma de santa durante o dia e vira primeira dama do inferno durante a noite. Mas é uma parada tão sem pé nem cabeça que, sinceramente... Me tirou do sério! 

Primeiro que ela é possuída pelo demônio Abalam e eu já não quero nem ler sobre ele!!! Pelo visto, é um peixe pequeno adolescente do inferno, novato nessa onda de exorcismo... Se apaixonar pela possuída? UM DEMÔNIO APAIXONADO PELA POSSUÍDA? Onde foi, em 23 anos de existência, que eu achei que fosse viver para ver isso? Coloca logo na categoria de comédia romântica, marvejasó!!! 

Ele USA as pessoas que ela ama para CONTAR a ela sobre o seu amor. O SEU AMOR! As pessoas que ela ama se matam para que só reste ele para ela amar. Não está acreditando? NEM EU! Aí no fim das contas, sabe o que a piriguete endemoniada faz? Aceita o casamento. ELA ACEITA ABALAM COMO SEU LEGÍTIMO ESPOSO ATÉ QUE... NADA OS SEPARE! Aí sabe o que ele faz? Dá os poderes dele para ela. Quer dizer, né...

Isso dá trama para novela das 8, dá não? Aí a fofa, agora que virou namoradinha do diabo lá, sai pela cidade tacando fogo nos arbustos e ouvindo rock'n'roll. Ohhh!!! Como ela é malvada!!! E fim da história.

ME MATEM LOGO!

Cadê a agonia de Constantine? O desespero do exorcismo de Emily Rose? Onde está a galera que fez O Chamado? Cadê a inteligência e o suspense de 11-11-11?? Por favor, voltem a fazer filmes! PELAMOR!! A gente precisa de vocês.



quarta-feira, 22 de maio de 2013

O amor é uma vitrine

Quando eu nasci, o amor tinha cheiro de leite e de colchão. Ele tinha uma atmosfera de cansaço, mas de muita gratidão. Ele funcionava 24 horas e parecia, realmente, ler os meus pensamentos quase sempre.

Quando eu fiz 1 ano, o amor era uma festa muito grande e exagerada, cheia de adultos, que me deu muito sono.

Quando eu fiz 2 anos, o amor queimou o meu pé. Ele era um pouco desastrado comigo, pois eu estava crescendo rápido demais e tomando minhas próprias decisões. O amor estava passando de gratidão para preocupação.

Quando eu fiz 3 anos, o amor começou a ter cara de quebra-cabeça. Na escola eu descobri que a pró também me amava um pouquinho, aí eu soube que o amor também morava fora de casa.

Aos poucos eu fui percebendo que o amor não era uma coisa só, muito menos privilégio da minha família. Quando eu fiz 7 anos e entrei em uma escola maior, eu descobri que podia fazer amigos e que nos amigos também tinha amor.

Quando eu fiz 13 anos, eu descobri os meninos e descobri, também, que às vezes a gente jura que tá amando, mas no fim, não está.

Com 15 anos, eu achei que tudo ia mudar, pois todo mundo dizia que eu viraria uma mocinha. Não mudou nada, eu só fiz 15 anos. Porém, comecei a duvidar do meu amor por mim mesma. Era muito difícil ser eu e, por isso, eu e o amor acabamos brigando.

Eu comecei a perceber que amor não era mais colchão. O amor não estava mais disponível para mim quando eu quisesse. Eu comecei a perceber que alguns amigos, uma das casas do amor, eram mentira e que, mesmo eles sendo mentira, o meu amor chegava até eles, ainda que encontrasse uma casa vazia. 

Eu fui descobrindo, muito devagar, a cada parada, que o amor, inúmeras vezes, é só uma gotinha do oceano. Que tem dia que a gente promete de pé junto: "Deus, é só ele que eu quero para toda a vida!" para um ano ou um mês depois agradecer sua partida.

Descobri também, por vezes rápido demais, que a gente também erra na dose de amor próprio. Que eu não devo nunca me amar demais, para não correr o risco de parar de evoluir, nem nunca me rogar pouco amor, para não correr o risco de estagnar na escuridão. 

Eu saquei, só por agora, que o "te amo para sempre" é uma bobagem! O amor vive no agora. Eu te amo hoje e espero te amar amanhã, mas isso depende da gente, não é? O amor é um instante tão curto que mais parece uma virada de cabeça entre uma discussão e o nunca mais.

Com 19 anos, eu descobri que amava a Psicologia de um jeito muito pessoal. Não para exercê-la (quem sabe?), mas para apreciá-la. Eu descobri que amo as pessoas de uma maneira frágil, mas eu amo. Eu amo a forma como elas são diferentes e como elas me proporcionam um entendimento cada vez mais eficaz da vida. Eu amo até quando elas me desapontam, mas só depois que a minha dor passa e eu entendo que cresci depois daquilo.

Com 21 anos, eu descobri que o amor nunca foi coisa de super-herói e que é sempre importante perdoar um segredo do passado. Aliás, eu descobri que existe muito amor no perdão quando eu descobri que tinha dificuldade em perdoar.

Eu me senti mulher pela primeira vez e vi uma brecha da necessidade que eu tinha em me amar um pouco mais. Eu estava extremamente negligente comigo mesma e tinha a ver com o amor. Eu era faltante, um buraco moribundo  preenchido por uma casca simpática.

Eu achei um pouco de amor na terapia. Achei um pouco de amor nas amigas de verdade. Achei um pouco de amor em alguns membros da minha família. Achei um pouco de amor nas minhas escritas e nas minhas fotos. Achei um pouco de amor nas minhas viagens e nos textos que eu lia.

Agora, com 23 anos, eu achei muito amor na dúvida e no prazer de não saber para onde ir. Lógico que há confusão e receio, mas há muito amor nas possibilidades. Encontrei um amor maduro que está ficando, encontrei um amor sólido em vocês que ficaram, encontrei um amor nostálgico em tudo que se foi e um amor de esperança para o que virá.

Ando descobrindo que o amor é ridiculamente fácil de encontrar. Eu vejo amor quando minha filha de quatro patas me olha nos olhos, quando eu penso em ser mãe, quando dou uma nova chance a qualquer pessoa, quando dou bom dia e me respondem e quando quem eu amo diz que eu estou bonita.

O amor, eu acho, é só memória e contato imediato. Dá para guardar no bolso e escolher a quem ofertar. Mas precisa escolher direito, pois amor barato dá retorno barato e eu sou valiosa demais para me vender assim.

domingo, 12 de maio de 2013

Momi's day!



Momi, obrigada por não ter me matado quando furei a língua, nem ido para Ouro Preto processar a mulher que eu enganei com a assinatura falsa da atendente da sorveteria. Obrigada por não ter tirado meu couro como prometeu quando eu fiz a tatuagem da costela e não te contei! Obrigada por não ter me deserdado quando pesquei em cinco provas, fui pega, tomei zero em todas e você teve que comparecer à diretoria no meio da semana! Obrigada por continuar comigo quando eu pegava 6, 7 recuperações e me dar o sábio conselho "minha filha, eu só não quero que você perca de ano", me fazendo segui-lo ao pé da letra! Obrigada pelos conselhos semanais e por nunca me deixar sair sem dinheiro de casa... Vai que me dá fome, né? Obrigada por me ensinar a dancinha do ombro, clássica, e por me apresentar o sorine, rinisone e afins! Obrigada por não me matar quando eu voltei para casa com Gabi sem pedir permissão! Obrigada por continuar me amando mesmo quando eu disse que ia fugir de casa e desisti por causa da chuva. Obrigada, também, por não desmaiar quando, depois de passar 5 anos na faculdade estudando para ser psicóloga, eu disse que o que eu queria mesmo era ser uma Big Brother. Mãe, você foi fantástica quando eu disse que não queria trabalhar e você me mandou jogar na loteria, então. Você é mais minha mãe ainda quando me obriga, não importa o que eu estiver fazendo, a assistir na TV do meu quarto o que você assiste no seu. Obrigada por nunca ter feito cara feia quando eu pegava seu sanduíche noturno de carne e fazia você fazer outro para comer. Obrigada por me dizer "xu, o cartão da renner, c&a e marisa estão livres, pode comprar", eita ALIGRIA! Obrigada por sempre dividir ou acabar deixando para mim seus cremes da nativa SPA. Obrigada pela festança de 1 ano que raspou todas suas economias e eu não lembro de nada! As fotos estão ótimas! Obrigada por me chamar de Maria Antônia vez ou outra, isso me deu uma perspectiva engraçada da vida e me permitiu ser quem eu quisesse na hora que eu quisesse. Com certeza minha futura filha terá um nome reserva igual ao meu! Obrigada por usar meu pincel de pó no blush e me fazer, certa feita, ficar com meu rostinho todo pêssego, isso me ensinou a ter paciência com os mais velhos. Obrigada por assistir comigo - e rir junto - 220 volts, casos de família, meu grande casamento cigano e as kardashians. Mãe, obrigada por dizer que eu ficaria uma quenga nigrinha se virasse loira. Eu ficaria mesmo, já desisti. Obrigada por pagar minhas contas e minhas viagens! Obrigada por ter me levado para furar o umbigo! Você disse que eu ia me arrepender e eu me arrependi mesmo, que maravilha isso! Acho que você é uma feiticeira! Ah!!! Obrigada pelos frasquinhos de alfazema com pemba para me proteger, um deles me salvou no carnaval! Obrigada por mandar eu atualizar meu blog e emagrecer 10kg! Enfim... São muitas cagadas! Obrigada por ser a draga mais doce de todas! Te amo!
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