segunda-feira, 16 de abril de 2012

O mistério do cinema

Resolvi falar sobre algo muito categórico na minha vida, causador de muita polêmica nos últimos dias e idiossincrasia a qual, depois de recuperar minha auto-estima, me orgulho em representar. 

EU SOU UMA MULHER DE CINEMA!


Antes que apareçam os críticos, não estou querendo dizer com isso que sou maravilhosa, estonteante, badalante e absoluta, não. A questão aqui é extremamente diferente e eu vou dividir com vocês.

Depois que a gente termina uma relação, seja lá de quanto tempo tenha sido, a gente passa uns dias de luto no aguardo do grande dia que teremos forças para  recomeçar. O problema é que assim que esse dia chega, entramos na fase do abate. Todas as piscadinhas são motivo de alarde, o sinal liga no mais singelo dos toques e é só perguntar se estamos bem que a gente já está apaixonada. 

Aí a gente entra na fase da desilusão x desespero. A gente fica caidinha pelo cueca que olhou por mais de 3 segundos diretamente nos nossos olhos de ressaca e já acha que é o amor de nossas vidas. Se nos próximos 10 minutos ele não nos oferece um pedido de casamento, vem o desespero. Somos feias, podres, azaradas, ninguém mais vai nos querer, estamos velhas, ultrapassadas, não queremos mais ninguém, é isso aí, piriguetei.

Vou te contar, ô fase miserável. Eu passei por ela e sobrevivi. Com arranhões, mas sobrevivi. O problema é que nessa época de recuperação tardia ficamos em constante discussão com nosso ego. Na mesma hora que queremos, não queremos mais. No fim da noite, queremos novamente. E por aí vai! 

Foi nesses entraves emocionais que me percebi uma mulher de cinema. Não é que não houvesse oferta de procura, mas às vezes parece que os homens têm receio de falar comigo. Novamente, não sou um monumento, mas pareço exalar algum tipo de pedido de distanciamento. Enquanto outras amigas são cortejadas freneticamente e diretamente na minha frente por cuecas sedentos, no meu quintal nada floresce. Aliás, até floresce, mas com muita cautela.

Eu acho massa que me vejam como a delicada, a pra casar, a fofinha, a inteligente, pseudo nerd intocável e engraçada. Mas ser o protótipo - e reforço a etiqueta que eu não assumo, posto que não sou tão porcelana assim - da noivinha é uma MERDA sometimes.

Enquanto outras são a cachaça dos marmanjos, eu sou o cinema. Literalmente, o cinema. Ouvi diversas vezes em um curto espaço de tempo que eu sou aquela para levar para assistir um filme, andar de mãos dadas, enquanto aquela ali... Ah... Aquela ali não, aquela ali é pra tomar uma em sua intenção, agora, ali, bora logo, fui.

Não que eu queira luxúria, muito menos que seja do meu desejo sustentar uma imagem que deveras não é minha, a de periguete assumida. Não anseio ser assim, mas que caralho de inferno de achismo babaca que pressente comportamentos angelicais numa mulher já formada, usada pela vida, vivida e idiossincrásica, impelindo-a a implorar por uma padilha cigana em sua existência cósmica. Não quero ser fruto de um sonho unicorniano, pois santas não alcançam nada.

Depois de muita luta interna e várias consultas ao meu Oráculo pessoal, já aceito melhor meu lugar na lista de tipos de mulher, mas não quero me arrepender, portanto não me julgue. Sim, eu sou uma mulherzinha, não ataco homens e nem lanço olhares fulminantes, mas eu sou muito agradável e no meu reino de bondade e magia sempre há espaço para a adição de alguém que precise de compreensão, posto que esse mundo, cruel e injusto, sempre incitará nos homens um poder de cegueira sentimental ao qual eles partilham sem escolha e eu conheço bem isso, afinal, estou estudando para tratar, digo, lidar com isso. Eu sei que alguns prestam, alguns muitos, inclusive. Tenho conhecido ótimos exemplares! O arsenal está interessante e o cinema está lotando... de amigos, claro.

Não é porque meu sorriso não é sensual e o meu olhar é desajeitado que eu sou uma tapada. Pode chegar, meu caro. Eu não mordo, não. 

Portanto, juntai-vos as mal interpretadas, as iguais, as que compartilham do ideal distante de mulher mimimi, as mulheres de cinema! Nós não somos tão mornas assim... Afinal, muita coisa acontece no escurinho do cinema. 

É OU NÃO É, CASEMIRO??? 


9 comentários:

  1. Thais Sanches e Sharon Silva emprestem sua padilha p Isa..Bjs amiga.... Flávia Godeiro

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  2. Sério? huahuaua! Bom, se for um esmalte claro eu não ligo muito pra isso. Mas se for um vermelho ou preto, por exemplo, a história já muda! hahaha!

    Adorei seu texto! Acho que sou uma mulher de cinema também. Só que numa fase de sorte por estar em relacionamento verdadeiro. Mas tenho que falar um fato: Meninas nesse estilo de "Serve para andar de mãos dadas" - Como você comentou - realmente não é a preferência do sexo masculino. E isso pra mim é sensacional, já que eu acabo atraindo apenas caras com o perfil que eu aprovo e que são compatíveis comigo! Bom, você disse que não ataca homens, mas se precisar algum dia, ataque! rs!

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    1. Arrasou Amanda!! Pensando por esse lado, você está certissima! Passado o desespero da solidão, as mulheres de cinema tem essa sorte... Atraem homens de cinema também! Beijosss

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  3. Oi flor, adorei o post!
    Super valorizo meninas de cinema viu!? Sou uma delas tb!

    Adorei o blog tb, ja to seguindo.

    bj Má
    Te espero - www.2betrend.com.br

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    1. Má!! Eu adorei seu blog! Fui tentar comentar e não achei o local!! :( Já estou te seguindo... Beijoss

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  4. Bom dia Daniele, tudo joinha?
    Passei pra dizer um oi e convidá-la pra conhecer meu blog e participar de um super sorteio que estou fazendo:
    www.israelcompras.com
    Eu exporto para o Brasil produtos de Israel, caso queira algo que tenha em minha lojinha, pode encomendar e farei o orçamento sem compromisso. Já estou te seguindo.
    Beijinhos e um ótimo dia a vc!
    Vivi

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  5. Olá,parabéns pelo belissimo e criativo blog, já estou seguindo e aproveito para convidá-la à participar do meu blog bolodocebolobuffet.blogspot.com.Bjs e sucesso!!

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  6. Isadora do céu, você brilhou nesse post. Há um ano eu estava numa fase parecida e me questionando essas coisas, numa conversa com um amigo ele disse sobre como os homens e as mulheres estão diferentes, como algumas mulheres tomaram uma postura de ataque e os homens de defesa. Parece que os homens meio que criaram um medo do toco, sei lá, como se precisassem de uma certeza (que nós nunca damos). Ou realmente somos nós que exigimos um distanciamento. Vai saber...
    Ótimo post, mesmo!
    Beijo.

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    1. Liu, voce nao sabe o quanto me deixa feliz quando vem gente aqui no blog para ler com o coração! se a pessoa se identificar, me faz mais feliz ainda!!! passe sempre por aqui!! leitoras como você me fazem ganhar o dia! beijosss

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