segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

BBB12


Vai começar uma nova saga. O BBB12 começa amanhã e os participantes preenchem, como sempre, os estereótipos tão buscados pelos produtores do maior reality brasileiro.
A famosa casa mais vigiada do Brasil, mais uma vez, não tem de tudo. As modelos estão lá, os bonitões e os gays também. E não adianta reclamar, são esses personagens que vendem, que fazem, quem gosta de assistir, ficar vidrado.

As mulheres, em especial, querem ver os defeitos das musas da nova edição e provar que mulher sem maquiagem e sem escova não é "tudo aquilo" que se vê. Vão se dar mal, como sempre, pois as meninas são gatas e, ao que tudo indica, são gente boa também.

Os meninos são manequins de vitrine, costumam florear a televisão das moçoilas e boa parte deles passa despercebida. 

Os gays são postos como bichinhos de laboratório. A curiosidade sempre reinará na popularidade deles que são colocados na tentativa de alavancar a audiência. Quase sempre com torcidas que acendem velas para que armem alguma patacoada, costumam ser divididos em três grupos: os que saem na primeira semana, os que viram o mascote da edição, mas não ganham o prêmio e os intelectuais respeitados.

Como boa entendedora do programa que muitos odeiam e tantos outros compram pay-per-view (eu faço parte do segundo grupo), estou torcendo para que, pelo menos a maioria, os participantes da décima segunda edição façam a diferença, joguem, sejam inteligente, racionais e façam mais do que apenas dormir. Ressalto que não torço por baixarias, muito embora fique com os nervos ouriçados quando fico sabendo de um bafão na madrugada, e, sim, por discussões inteligentes, argumentos plausíveis. 

Eu gosto de ver gente e eu gosto de BBB. Não adianta os cults virem tacar pedra, falar que é entretenimento fútil para os sedentários mentais da cultura brasileira. Vocês também assistem que eu sei. 

Outra nave vai levantar vôo amanhã e nós estaremos ligados, torcendo para uma edição menos monótona e com menos amiguinhos, pois eu gosto é de ver diferença declarada, casa dividida e realidade. 


Tem gente (2 participantes) que já desistiu ainda no hotel. Outros tantos em casa com raiva pelo desperdício, enquanto meia dúzia confinada deve estar sem unhas na ansiedade cortante da viagem para a casa do BBB. 


Agora não adianta mais lamentar, dizer que se fosse você não iria desistir, que foram mal escolhidos ou que o programa não vale nada. Previlégio só é ruim para quem nunca teve, então agora é sentar e curtir, ou não, a nova edição. Somos, novamente, telespectadores cruéis de ratinhos de laboratório da televisão brasileira que são selecionados para nos entreter com suas fraquezas de poder identificatório inquestionáveis e para nos mostrar o quanto ainda somos frágeis em matéria de auto-conhecimento e libertação de ideias.


E NÃO, eu não sou da turma cult que detesta o reality. Eu adoro, participo, assino o PPV, torço, me estresso e me inscrevo, quando dá na telha. Mas não sou uma fanática, conheço as lacunas mal preenchidas e as falhas do programa. E É CLARO que eu queria estar lá dentro, mas isso aí já são outros 500. Não há nhéim-nhéim-nhéim aqui. Eu critico por gostar. Sinto que tenho embasamento e vou continuar falando sobre.

Espero ver gente "boca de se fuder" como se fala por aqui lá dentro. Saco cheíssimo de coleguismo, puritanismo disfarçado e hipocrisia politicamente correta. Eu gosto de gente que se vende, que se ilumina, que não tem medo de botar a cara para bater. Rezando para não ver frescura de mulherzinha na casa! 

Vamos viajar para a nova empreitada do Big Brother Brasil. Sugar o que o programa tem de bom, criticar com INTELIGÊNCIA o que ele tem de ruim e acompanhar os novos participantes nessa aventura que não deve ser nada fácil. 

Eu volto com mais achismos!

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