quarta-feira, 2 de maio de 2012

Like a dynamite...

Não há nada melhor que a vida para te colocar no seu lugar, no melhor sentido baiano da expressão. Vocês que acompanham meu blog sabem que aqui é habitat de muitos entraves da minha vida, não é a toa que aqui é isadorismos. A cada texto, uma história. Camuflada, mas uma história. A cada postagem, um personagem, camuflado, mas um personagem. E é tudo sempre muito real; o que falo, o que transmito, o que passo e o que publico - é tudo meu. 

E enquanto blogueira, me dou o luxo de oscilar, pois vida é corda-bamba e não pé no chão. Se tivéssemos controle de nosso destino já seria uma loucura, imagine com outras pessoas nos atravessando? É um tráfego interminável de emoções.

E é por causa dos meus achismos, dos meus isadorismos, que fiquei um tempo reclusa, sem postar. Se dizem que semblante calado denuncia uma mente barulhenta, eu sou carnaval. Após uma temporada árdua de tempestades, veio a minha calmaria e foi quando resolvi deitar à sombra das minhas conquistas que meu mundo sacudiu mais uma vez. É, de novo, aquela velha história de ganhar quando não se pede nada, pois parece ser só assim que se alcança.

E eu estou de volta na loucura de ser Isadora. Amo isso :)

Agora tá rolando ser mais eu. Depois de assumir o descontrole e conseguir caminhar sem as rédeas, retomei. E toda essa reviravolta me fez pensar o quanto podemos estar errados quando pensamos estar extremamente certos e o quanto é legal se aceitar, mas melhor ainda é modificar pontos fracos e se restabelecer.

Há algum tempo vinha batendo o pé em uma verdade que nunca foi minha, mas que eu fiz questão de assumir. Uma verdade que acarretava na leitura de pensamentos, de ações, de olhares de outrem o que, óbvio, não era responsabilidade minha, mas sabe como é capricorniana, né...

Aí a vida puxa o meu tapete e é quando eu penso em reclamar da pancada que ela sorri pra mim. Nunca foi do meu jeito exalar segurança, mas não é que eu levo jeito pra isso? Quem me conhece a fundo sabe das minhas fraquezas e que a carcaça de lobo esconde um cordeiro, mas eu prometi a mim mesma mudar e devo admitir que os resultados aparecem numa velocidade absurda, o que me faz pensar no tempo que perdi me comparando, me diminuindo e me anulando ao lado de opiniões torpes que em nada me ajudavam. Opiniões essas construídas, principalmente, por mim, principal causadora das minhas quedas, pois sem o meu consentimento ninguém me derruba.

É quando a gente concorda com o que nos apontam que assumimos o afeto enviado. Presente negado não entra na nossa casa, volta com o remetente. No fim das contas trata-se de não tomar para si o que os outros querem te convencer a ser. É uma eterna troca, um amigo secreto de vida onde a gente tira no papelzinho quem a gente quer.

De vez em sempre vale a pena esperar, segurar a onda, não mandar a mensagem, não beijar quando houve oportunidade, não ligar naquele dia, ficar offline, desviar o olhar. De vez em nunca vale a pena o impulso, a maluquice do agora, a lenda de só se arrepender do que não for feito. Isso não existe, coisas que fazemos também nos rende muitos arrependimentos, qual o problema em assumir isso?

Eu estou entrando na fase de assumir. Assumir o que penso, o que sinto, o que eu quero. Ser responsável. Ser responsável pelo que fiz, pelo que escolhi, por quem eu escolhi. E isso não significa atravessar a linha de chegada, isso significa começar a maratona.

Eu sei que é difícil. Eu acho muito difícil. Mas a gente pega o jeito...




3 comentários:

  1. Parabéns Isa, escreve muuuito bem! ADOREI ESSE POST, me identifiquei bastante!! bjo

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  2. E de vez em quando se guarda o que sente no bolso, veste um ar blasé e tira aquela segurança toda que o outro tinha. Até perceber que essa história de ser morno, não dá pra mim...
    Ótimo post!
    Beijo.

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