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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Aceite.

ACEITAR, essa talvez seja a iniciativa mais libertadora que há para se tomar na vida. 

Aceite que por mais que doa em você uma palavra, uma atitude ou uma despedida, o outro jamais terá acesso a isso ou compartilhará na mesma medida. Seu coração tem uma impressão digital que é só sua, ninguém sente o que você sente, você não sente o sentimento de ninguém.

Aceite que qualquer relação é feita do que você sente pelo outro. Isso talvez nos faça entender o motivo de algumas pessoas permanecerem em namoros/casamentos falidos. Enquanto eu amo o outro, eu estou ali. Não importa se ele não me ama mais, é o que eu sinto que sustenta. E é assim com todo mundo. É a tal da impressão digital do coração...

Aceite que sua família jamais fará o que você queria que ela fizesse, ou agirá de acordo com os seus planos. A família desaponta, mas saiba reconhecer que ela é a única que sobrará quando nada mais fizer sentido. "Mãe é mãe" silencia qualquer mágoa e é eficaz contra dúvidas.

Aceite que os outros jamais se compadecerão totalmente das suas lamúrias. Suas quedas podem ate ser amparadas por bons amigos, mas ele vai almoçar na hora de sempre e assistir a novela, enquanto você chora até emagrecer. Isso é normal. Não espere que alguém ajoelhe com você na sua fé. Essas pessoas são como anjos da guarda, nem todo mundo tem a sorte de sentir suas presenças.

Aceite que uma música vai te remeter a uma história mal resolvida. Que ela vai te fazer lembrar do que você tentou esquecer e que ela é o portal mais seguro para o passado. Mas lembre-se, também, que ela é a cura. Tenha sua lista pessoal para chorar. É muito mais eficaz que uma boa dose de remédio para dormir. Não a culpe pelos seus efeitos. Você vai agradecê-la na hora certa.

Aceite que confiar totalmente em alguém não significa que ela nunca fará nada para te magoar. Eu confio totalmente em você, mas isso não significa que você andará na linha, não é mesmo? Mas confie, mesmo assim. E confie sabendo que você não confia 100% em ninguém. Mas é em ninguém mesmo! O máximo que chegamos é 99% e esse 1% é seguro, normal e saudável. É ele que vai sustentar seu corpo quando a mentira te boicotar.

Aceite que TODOS os sentimentos negativos que chicoteiam sua fé no próximo só te atingem se você permitir. É compreensível que a tristeza abrace forte seu corpo incrédulo, mas é vergonhoso deixá-la conduzir seus pés. Não há ninguém no mundo que possa fechar sua porta para o mundo, a menos que você dê a chave. Ninguém merece sofrer no lugar de um outro ou pagar por algo que não fez, não faça isso com ninguém. Mas também não se deixe substituir uma velha insegurança. Novas histórias só podem produzir novos livros. Plágio é crime na vida também.

Aceite que alguns dias serão péssimos. Não desconfie dos bons. De vez em quando nos enviam oportunidades muito distintas de sentir na pele o quanto a vida é maior que aquela briga de ontem ou a chateação na fila do banco. Respire a mudança, respire a segunda chance. É muito injusto que um dia maravilhoso seja alvo do seu lado negativo que sopra em você a insegurança do que virá.

Aceite coisas que você não pode mudar. Isso é FUNDAMENTAL. Aceite pessoas que nunca ouvirão seus conselhos, é um direito delas. Aceite pessoas que não conseguem penetrar no que você sente e ficam ali, no raso das suas palavras. Elas jamais vão mergulhar no seu mundo, pois não aprenderam essa habilidade. A zona abissal de todo mundo dá medo. 

Aceite pessoas que não se colocam no lugar dos outros. Talvez jamais tenham se colocado no lugar delas.

Aceite a morte como renúncia. Aceite a saudade como lembrança. Aceite a dor como prova. Aceite o amor como fé.

Mas jamais aceite uma injustiça. Jamais aceite ficar imóvel diante de algo que você pode mudar. Jamais aceite que desconstruam seu melhor lado. Jamais aceite que alguém te ensine o caminho do mal ou, pior, que te convençam da idiotice que é seguir o caminho do bem. Ninguém é idiota por acreditar no outro. O nome disso é caráter. Aceite o seu.


terça-feira, 20 de agosto de 2013

Síndrome do ninho vazio: a visão de um passarinho


Algumas planejaram por anos, muitas outras receberam de bom grado a surpresa. Muitas delas, sozinhas, ajeitaram todo o ninho com os melhores galhos, escolheram uma bela árvore e pediram sabedoria para uma perfeita estruturação. Outras, acompanhadas – seja lá de quem -, receberam uma ajuda extra e conheceram a gratidão. 

Todas elas rezaram, dia após dia, para a chuva não ser torrencial, para o ninho aguentar firme, para o vento não balançar tanto a árvore que os abriga e para as suas crias ficarem invisíveis às águias da vida. 

Quanto às asas, essa não foi uma parte racional. Toda mãe pássaro que se preze sonha com uma asa de anjo nos seus filhotes. Toda mãe pássaro pensa em um perfeito voo livre, mas, por favor passarinho, retorne ao ninho. Não precisa ser imediatamente, nem hoje ou amanhã, mas precisa ser algum dia. 

A mãe pássaro que ama seu filhote mais do que cada pena que brotou no seu corpo pequeno, penas essas que a ajuda a acompanhá-lo nos ares do destino, um dia ensina ele a voar. Mas a mãe pássaro nunca sabe o quanto seu filhote vai alcançar. 

Boa parte deles só sabe voar ao redor do ninho. Eles vão apenas até onde os olhos de sua mãe conseguem alcançar. Mas há uma parte desses passarinhos que precisam ir mais longe. 

Há alguns passarinhos que foram criados por mães grandiosas que não sabem o quanto impulsionam seus voos. Quando dão por si, não há mais sinal do seu filhote. Eles voam em uma linha reta, olhos fixados e asas firmes, enquanto suas mães ficam para trás, recolhidas no ninho agora vazio. 

Mamãe passarinho, acalenta seu coração. Eu sei que o frio na espinha é de preocupação, que o coração gelado é tanto zelo destinado ao ser super amado. Chora não, mamãe passarinho, seu filhote está voando alto e foi você que ensinou cada batida de asa. Chora não, mamãe passarinho, que sua cria foi crescer no mundo porque você acreditou nele mais do que todo mundo. Foi seu sopro de coragem que o fez voar. Então não chora, dói no passarinho vê-la esconder-se no ninho. 

Um dia, mamãe passarinho, o seu filhote voltará e pousará com perfeição na beirada da sua casa e você irá recebê-lo para um café, enquanto escuta as histórias que só ele passou. Perceba, mamãe passarinho, que você o preparou muito bem e que o seu ninho, antes esvaziado pela saudade, agora é palco para um artista da vida. Aplauda o seu passarinho que não se enganou com os lobos da floresta, que por mais feia que fosse a paisagem embaixo de suas asas, nunca se deixou levar e continuou seu voo em busca da felicidade. 

Hoje, o seu passarinho segue vida quase sozinho. Não totalmente, pois você está nele. No jeito que ele varre o seu próprio ninho, no jeito que ele escolhe as pessoas que deve se relacionar e no jeito que ele pensa sempre em você diante de uma adversidade: “o que minha mãe faria ou me diria para fazer agora?”. 

Mamãe passarinho, o seu ninho, na verdade, nunca esteve vazio, foi você que se deixou esvaziar. Não deixe escorrer pelos olhos o orgulho que serve para inflar seu peito. Olha só que belo passarinho você criou! 

Para os passarinhos que voaram cedo demais, para os que decidiram ficar, para aqueles que estão na presença da mamãe pássaro e para aqueles que viram a vida levá-la antes de estarem prontos, o ninho, agora, está internalizado. Dentro do seu peito mora um emaranhado de galhos finos que servem para proteger a sua coragem diante da vida. Explore-o com cuidado, saiba como utilizá-lo, não desfaça o seu ninho. Afinal, é preciso saber sempre para onde retornar.

Um beijo,
Passarinho.


*Minha crônica publicada na primeira edição da revista ABRE ASPAS, Riachão de Jacuípe, sobre mães que vivem a saudade dos filhos que vão estudar nos grandes centros urbanos.

terça-feira, 23 de julho de 2013

O relato de uma flor de gramado


É o tempo todo gente entrando na nossa vida. É sorriso dado, abraço, o prazer é meu, obrigada, até amanhã o tempo inteiro. São muitos encontros e despedidas também. Quantos "adeus" você deu no ano que passou? E quantos "bem-vindo"? 

A gente troca confiança toda hora. Transmite muita energia boa, mas muita energia ruim também. A gente acredita e se desaponta quase que diariamente. A gente reconhece os nossos. Oferece ajuda toda hora, atende telefone e responde a todos os chamados de quem a gente ama. E não adianta, eu sou daquele tipo de pessoa que o outro pode me derrubar com um desgosto... Se eu gostar dele, eu sei que vou ajudá-lo novamente. 

Só que no fim do dia, quando o sol vira escuridão, a gente sempre dorme sozinho. Mesmo acompanhado, a mente trabalha na solidão. No fim das reflexões só sobra a minha própria companhia, pois só eu consigo ficar quando penso em tudo. Ninguém tem o couro para aguentar meus pensamentos.

Quando o último raio do astro maior arranha minha janela, o meu quarto está quase sempre vazio. Quando a cidade silencia, minha cabeça vira carnaval. E de tanto pensar eu me arrependo. Me arrependo de idealizar pessoas que nunca vão chegar. Me arrependo de contar com gente que não sabe valorizar. Me arrependo, tanto, de esperar receber o que eu dou. 

Parece que no contar dos minutos de um dia inteiro, somos sempre aquela flor esquecida no meio de um gramado. Aquela que nasceu sozinha e luta, diariamente, para não ser pisada por qualquer distraído.        

E ao passar dos anos, a gente percebe o quanto nos sentimos estranhos por não nos encaixarmos em nada. No primeiro momento, parece que o mundo é que nos exclui. Depois a gente percebe que o mundo não existe, são as pessoas que são iguais. E a gente se separa de tudo.

O divórcio é passo necessário para desapegar das mazelas das relações pessoais. E quando falo em divórcio não me refiro a um pedaço de papel judicial, eu falo de posicionamento. Posiciono-me, agora, diante de você que não me entende, que não me aceita e que de mim se distancia, e proponho um acordo: vamos quebrar a ponte construída pela minha esperança em direção ao seu radicalismo e celebraremos a liberdade.

A liberdade de você ser você. A liberdade de me despedir, mais uma vez, de mim, sabendo que lá na frente me encontrarei novamente em uma era mais leve do que essa. Deixo, aqui, a pele morta das minhas frustrações e dou um passo mais fresco em direção a minha evolução. 

Você pode até não conseguir ler meus movimentos, mas eu interpreto facilmente a minha não vontade de voltar correndo para você.       

domingo, 30 de junho de 2013

Oração ao amor

Há um fio de destino que me separa de você. Uma linha tênue entre o que sou e o que gostaria de ter sido para você, querido. Há em mim uma vontade maternal de ter sido o seu anjo da guarda, o enviado para você, para assistir sua jornada em direção à Terra. Gostaria de ter estudo para ter feito sua ultrassom e ouvir, pela primeira vez na vida, a batida do seu coração. Depois, puxá-lo do primeiro lar que essa vida te deu e ser a responsável por apresentar a você o nosso mundo, embora seu primeiro choro partisse meu coração. E aí desvanecer feito poeira, transformando-me em uma criatura imperceptível para, em silêncio, acompanhar seus primeiros dias em casa, feito papel de parede. Imóvel, enfeitando a sua visão diária e sendo seu castelo. Não há mal que me impeça de desejar ter sido seu primeiro Natal ou o pisca-pisca que brilhou seus olhos naquela noite. Eu queria ter sido o seu presente de aniversário, aquele que você esperou tanto, para, ao me desembrulhar, presenciar o seu olhar descrente de alegria e satisfação, seguido pelo sorriso da gratidão. Eu queria ter sido sua primeira bicicleta e ser a responsável por fazê-lo sentir o prazer do vento no rosto. Eu queria ter sido a primeira menina que fez o seu coração bater mais forte para introduzi-lo ao amor. Mas eu não queria ficar apenas na sua infância. Eu queria ser o travesseiro que abafou seu primeiro choro escondido, aquele que ouviu seus pensamentos mais dolorosos. Eu saberia te dar o conforto que precisava, eu sei que saberia! E que Deus me perdoe, mas eu gostaria de interceptá-lo para que nunca perdesse ninguém que te fizesse muita falta! Eu queria ter sido a inspiração para sua primeira composição e o seu time de futebol. Vê-lo me cantar ou gritar meu nome, vestir minha camisa e me encaixar em uma melodia bonita. Ser suas músicas favoritas e vê-lo resgatar-me das suas memórias diariamente no chuveiro, no caminho para a escola ou na praia. Vê-lo irritar-se profundamente por não lembrar de um dos meus versos. Eu queria ter sido seu primeiro banho de mar! E ter impedido suas quedas de árvores e tropeções vergonhosos. Quem dera eu fosse a consciência que te impedisse de errar ou caminhar para o arrependimento. Fosse eu o vento que levou sua primeira lágrima de amor ou a areia riscada com o seu nome. Eu queria ter sido o seu primeiro carnaval e a sua primeira oração de fé. Que convocasse meu espírito no agradecimento e no desespero, que eu fosse fonte de esperança e calmaria, sua maior alegria. Gostaria tanto de ser o impulso que precisa para os seus sonhos, qualquer coisa que desencadeia um sorriso seu. Eu gostaria de ser o tempo que te envolve.

A sensação, meu bem, é a de que o mundo não sabe cuidar de você como eu saberia. E a certeza, querido, é a de que eu estragaria a pessoa que, hoje, eu amo. Por não saber como negar-te seus desejos ou apresentá-lo à solidão, moldaria você de um jeito genérico. Por tanto, não sou nada disso. Abro mão do meu querer pelo seu ser e sigo assim, sendo aquilo que me cabe. 

Devolvo você ao mundo da mesma forma que o roubei para encaixá-lo nos meus devaneios. Por não caber, peço que siga suas pedras. Você sabe ser você melhor do que eu. 

Vou sobreviver.

segunda-feira, 10 de junho de 2013

Pelo fim da ditadura dos opostos.


Vamos ser radicais: Não há nada nesse mundo que me convença a atração dos opostos, e quando falo em opostos é para ser literal: Não pode só não curtir algo do outro, mas tolerar, tem que não gostar MESMO. Absolutamente nada me convence que a menina que é super caseira, ama filmes de comédia e ouve Maria Gadú para varrer o quarto permanecerá por muito tempo com um funkeiro, farinha de festa e adepto ao beber até cair. 

O amor que se constrói entre duas pessoas pode, no início, até fazer a bailarina cair de amores pelo DJ de raves, mas eu bato aposta: não vai durar. E eu vou te dizer o motivo: o ser humano é construído em cima de uma base muito frágil, conhecida como INSEGURANÇA, e quando a gente se percebe não sendo o modelo de pessoa que a gente acha que aquela pessoa gostaria de ter, quando a gente percebe que não se encaixa em nada da vida dele, é essa base que nos acorda para as possibilidades.

Só há duas justificativas, na minha opinião, para explicar quando dois opostos dão "certo": eles não eram tão opostos assim ou, pelo menos, não conheciam outras opções e, ao conhecer, gostaram, portanto... Não eram opostos, apenas distraídos. A segunda opção para desvendar a permanência duradoura de dois opostos em uma vida amorosa provavelmente está ligada ao fato de algum dos dois estar anulado na relação, o que já profetiza um fim.

Se você olha para quem está do seu lado e pensa: "isso não vai dar certo", provavelmente não dará. É besteira achar que você conseguirá, da noite para o dia, trocar sua Katy Perry pelo Caetano Veloso dele, a não ser que você, de fato, simpatize. 

O nosso oposto, logo de antemão, já representa o que não queremos ser e não o que não pensamos em ser, pois, no segundo caso, há uma falta de interesse que pode ser revertida. Eu amo os animais e alguém que maltrata eles nunca me atrairia. É com esse nível de oposição que estamos lidando. 

Aí você se arrisca, quer insistir na relação com o seu contrário e, logo ali na frente, encontra uma encruzilhada: deixar de ser quem é, para trilhar o caminho do outro, se anulando, ou soltar a mão dessa relação que não era nem para ter iniciado. Digamos que você é louca e opta pela primeira opção. Sabe o que vai acontecer? Lá na frente você vai ser invadida constantemente por uma sensação de não-encaixe que você nem saberá de onde veio e isso vai consumir seus pensamentos, suas ações e sua energia. Você vai se perceber tentando, ao máximo, ser o projeto de mulher ideal para ele que não é o homem ideal para você. E quando isso dará certo? Nos meus cálculos, nunca. É como uma cenoura que tenta ser a melhor maçã para um tomate que pensa ser um hambúrguer. TUDO sai do eixo, pois não há coerência e você, provavelmente, está perdendo seu tempo com alguém que está acomodado em ser ele mesmo.

A graça de um relacionamento saudável sempre girou em torno das descobertas. "Hum... Ele é espírita e eu, católica, mas sempre tive curiosidade. Acho que vou acompanhá-lo em um centro." Olha que bacana, novas experiências! Agora o "Hum... Ele passa o dia inteiro trancado dentro de casa, na frente de um videogame e eu me sinto péssima! Mas ainda que eu ame o ar livre e tenha planejado viver em uma casa nas montanhas, acho que posso me esforçar para mudar o que eu gosto." é caixão e vela, fia.

Ninguém consegue sustentar a auto-estima no alto se não conseguir ser o que ele nasceu para ser. Todos temos inclinações e, mais cedo ou mais tarde, acharemos pessoas com gostos e atitudes parecidas com as nossas para uma convivência leve e harmoniosa. Isso serve para amigos, também. Relacionar-se não é para opostos, pois relação é uma troca e a gente não sai no lucro quando trocamos o que amamos por algo que não nos representa.

Portanto, se você se apaixonar por um suposto oposto, procure nele suas semelhanças. Se achar, bingo! Se não achar, meu bem, dê meia volta. Gastar tempo e oração com alguém que nunca vai ser o que você quer que ele seja -  e ele tá certo! - é maluquice. O grande prazer da vida é assumir nossas vontades! E isso serve para você e para ele! ;)



sábado, 13 de abril de 2013

Decepção não mata...


A ingênua Consideração casou com a Falsidade. Delas, um filho: a Decepção. O preconceito que carrego da junção dessas duas tem a ver com o propósito. Tem a ver com o fato da Falsidade ousar estragar um espírito tão genuíno como a Consideração. Estraga-se a crença no recomeço, a riqueza de um obrigada não dito, acaba-se com o zelo tão presente na Consideração, zelo que a Falsidade desconhece. A mentira, a Frustração e a Abnegação torceram muito por essa junção. Elas gostam de ver as falhas do exército do bem e se vangloriam quando furam a barreira do espiritualmente evoluído. É a roda-viva mostrando que no olho a olho, na dureza da vida, o mal vence, sim, o bem, algumas vezes. Quisera eu fosse uma vez ou outra. É muito mais que a minha paciência permite suportar. É muito mais que os meus esforços conseguem alcançar. A gente vai cansando, conforme as pedras, de se bater com a descrença. Depositar amor onde só nasce guerra, é tão cansativo. Olhar para trás, ver como estivemos com alguém e depois, ao olhar para frente, ver que ela saiu correndo, léguas na nossa frente, sem sequer conferir o nosso nível de alcance, é tão... brega. Eu acho brega não saber reconhecer os esforços de alguém. Acho cafona demais me decepcionar com gente que não valoriza os outros. Acho péssimo gente que arranja desculpa. Vocês que enganam, mentem, trabalham com esperteza em acabar com alguém. Vocês que são falsos com os amigos, que traem seus companheiros. Vocês que fazem coisa feia quando ninguém olha, vocês que não tem ética, nem princípios ou valores. Ou até tem, mas são todos distorcidos. Vocês que não conseguem cumprir uma promessa ou respeitar quem esteve ao seu lado. Dos mais perigosos aos mais idiotas, aqueles que fazem merda pela simples preguiça de prosseguir e encarar dificuldades, todos vocês são terríveis. Na verdade, vocês são previsíveis. Me surpreende, hoje em dia, aquela pessoa que sabe te reconhecer na escuridão. Aquela que reza por você de noite, que te considera um irmão e faz por você até na distância. Me encanto com gente que não esquece do que o outro disse, do que o outro fez. Amo gente que lembra do abraço, da lágrima injusta derramada, do olhar que impulsiona, do apoio. Fico muito surpresa quando vejo gente honesta sem síndrome do palco, que não quer aparecer, só quer ser uma pessoa legal sem nada em troca. Essas pessoas tem o mundo! Às outras, às pequenas, vocês merecem muitos tamancos de madeira, muitas polchetes de zíper, unhas postiças gigantescas e com desenhos horrorosos, pois vocês são bregas. Bregas, preguiçosos e não valem a pena. Eu sei que hoje a gente sofre, a gente chora, se desaponta, mas um dia a gente se desapega. Dói muito deixar para trás aquilo tudo que a gente acreditava, mas se você pensar que só você acreditava naquilo tudo, fica muito mais fácil. Não destrua uma boa intenção por alguém tão bizarro. O sentimento, os planos, foram todos genuínos, merecem respeito. Era a pessoa para qual você destinou ele que estava errada e não você que sentiu e emanou. Troque a pessoa, a prioridade, o alvo e mantenha sua energia. Não se confunda com gente que não tem consideração, pois a consideração é um olho em terra de cegos, é riqueza, é plenitude, é a chave de tudo. E ela é tão simples, tão fácil de exercer que aquele que não consegue vira pó. E o quê fazemos com o pó? Sopramos para longe. Sujeira na minha casa da vida, que eu faço tanta questão de manter limpa de pensamentos negativos, nem pensar. 

terça-feira, 12 de junho de 2012

Love is a verb...

Hoje é dia de comemorar o amor, a relação, o companheirismo. Não é só para os namorados que esse dia é dedicado. Hoje vale, também, abrir um champanhe para a convivência, para o acordo bem feito de se viver a dois, para uma rotina bem planejada.

Para além desse mimimi de que não é só hoje que se comemora o dia dos namorados, que é todo dia, que... Enfim. Mas capriche hoje. Sua namorada, sua mulher com certeza está esperando um carinho mais especial hoje. Seu namorado também, seu marido... Não se arrisque tanto com um paquera, ele pode não merecer. Mas se ele merecer, se dedique. Todo mundo está mais amolecido no dia dos namorados, até o Google está, portanto exale amor.

E não digo só o amor literal, aquele com contrato para assinar, o que te incube de uma série de responsabilidades, que te proíbe de várias coisas. Eu falo do amor genuíno, aquele que nasce de um olhar e que não tem compromisso com nada além de simplesmente ser. Para amar nunca houve regras e você pode amar quantos quiser, pelo tempo que quiser, da maneira que quiser, pois a fonte que reside em mim na qual só sai amor é infinita e eu vou amar até onde eu puder.

Hoje vale se contaminar com a atmosfera do dia.

Não sou a favor das loucuras de um shopping em busca de um presente vazio, feito por alguém em série numa fábrica fria que em nada vai se parecer com o amor que você devota, mas que até tenta, dentro de uma caixa bonita, representar aquilo que você não consegue verbalizar. Se não consegue verbalizar, não verbalize. É porque não é para ser dito ou mostrado, é para ser passado, sentido, energizado. 

Até vale um mimo, mas ame também. Olhe com verdade para quem você ama. Passe muito amor no toque, no abraço. Seja amor, por favor, vai fazer diferença. Uma almofada ou um porta-retrato não tem esse poder, quem tem é você.

Reconheça no outro a sua calmaria, a solução compartilhada com os seus desejos, o próximo passo refletido nas suas pretensões. Reconheça nele, você.

Feliz dia dos namorados! 


Uma história bonita :) Quer ver? Clica aqui. 

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Keep walking, Johnnie.


De vez em quando a gente se bate, ao decorrer dos nossos dias, com situações pequenas que modificam toda uma rota. É em uma situação aparentemente repentina que suas intenções mudam de rumo, que a cabeça revira, que o coração volta a bater. 
De fato, é sempre quando não se procura, que se acha. O problema é achar algo que não queria ser achado, pelo menos não por você. Aí a coincidência vira obrigação. Quando a gente acha o que não estava procurando e essa coisa se encaixa, a gente quer que essa coisa também encontre a gente. Pena que quase sempre não é assim ou ainda bem.
Das muitas vezes que quebrei a cara com as minhas escolhas, em quase todas, eu achei algo que não procurava ao mesmo tempo em que fui achada. Resultado? Dois impulsos gerando um fracasso premeditado. 
Depois de um tempo, reparei que é muito mais legal quando você acha primeiro e consegue conquistar na calma da perseverança. É quando eu desisto que normalmente a magia acontece. Engraçado isso, não é?
Esse texto de hoje nasceu de três frases que eu achei por aí e que me deram um flash de nostalgia.

"Afinidade não se explica, amizade não se força, confiança não se obriga e sentimento não se controla."

Não é assim que começa? Quando estamos distraídos, a afinidade se instala de mansinho. Não há explicação, pois não há maneira mais retórica de se entender a afinidade senão sentindo. E aí surge a sensação de amizade. Aquela coisa de querer ficar por perto, de achar tudo engraçado, de prestar atenção, de concordar, de acompanhar. Depois a gente confia. Quando a gente confia a gente dá o primeiro passo para a lucidez. É aí que a gente se pega confiando em quem quase não conhecemos, sem nem entender o que é essa confiança. A gente simplesmente sente que confia, que PODE confiar, até o sentimento aparecer. E, de fato, sentimento não se controla e essa frase não precisa de explicação.

"Os que desprezam os pequenos acontecimentos nunca farão grandes descobertas. Pequenos momentos mudam grandes rotas."

Talvez essa seja uma das fases mais torturantes de uma conquista. A gente espera que aquela pessoa entenda nosso olhar, que leia nosso corpo, que capte o que transmitimos para ela e leia nosso pensamento quando direcionamos o que sentimos. A gente sempre espera demais. Eu, particularmente, até tento, mas sempre em vão. Pois ou eu pareço uma idiota ou eu passo longe de demonstrar. É difícil controlar quando queremos demais sem saber o motivo, pois não há álibi e parece que para o outro entender sempre precisará haver provas. Eu não quero provar nada, só estou aqui. E o quão especial seria se nesses pequenos momentos de coragem o alvo decidisse mudar nossa rota...

"É engraçado a força que as coisas parecem ter quando elas precisam acontecer..."

Aí pronto. No encontro do nada com coisa nenhuma, a gente desanima e abaixa a guarda. É a receita perfeita! Quando você vira de costas, sente um sopro do destino na nuca indicando que só agora você está pronto para, quem sabe, receber um aviso, viver alguma coisa, experimentar. O sentimento de frustração que eu sinto, que você sente, quando não acontece na hora que eu queria e do jeito que eu queria, parece sempre me remeter àquela sensação de quando queremos o que achamos que precisamos. O problema é que a gente sempre acha demais. 

Eu parei de achar e, vou te dizer, encontraram o caminho das pedras. Tem gente me achando por aí justamente quando eu parei de procurar. Sábio Johnnie...

Boa semana ;)

domingo, 11 de dezembro de 2011

Minha religião e a diversidade

Essa eu faço questão de compartilhar com vocês.

Ontem eu recebi um convite de luz para ir no 6º encontro das religiões na Fundação Lar Harmonia, centro espírito pelo qual dedico muito apreço.

Nunca tinha ido a nenhum e tinha lá meus receios, pois questionava a possibilidade de se reunir líderes de religiões tão diferentes e, muitas vezes, tão contraditórias, que carregam no seu histórico batalhas travadas pela ignorância onde, tantas vezes, vimos uns contra os outros.

A mesa era composta por sete religiões: Budismo, com a monja Genpô Jishô; Catolicismo, com Dom Samuel Araújo; Candomblé, com Mãe Jaciara; Espiritismo, com Adenáuer Novaes; Islamismo, com o Sheik Ahmad; Judaísmo, com Ariel Gomes; e Protestantismo, com Adauto Magalhães.

O tema era MINHA RELIGÃO E A DIVERSIDADE, onde os representantes teriam 15 minutos para falar na visão de sua religião a questão da diversidade.  Infelizmente, a monja Genpô Jishô não conseguiu chegar a tempo.

Minha noite foi surpreendente e iluminada. Me sinto abençoada por ter ganhado a noite do meu sábado em um ambiente de tanta benção e amor. Faço questão de compartilhar com vocês muitos pensamentos e palavras que foram proferidas ontem e faço questão, também, de enfatizar que não se trata de religião, muito menos de uma apologia ao Espiritismo, religião que rege a minha vida. Havia espaço para todos e falávamos de amor ao próximo, de aceitação e comunhão.

Lembro-me da finalização de Adauto Magalhães onde ele trouxe uma reflexão linda sobre a diversidade. É imprescindível que nos coloquemos em situação igual a todo e qualquer irmão, já que somos filhos de um Pai em comum e Ele não faz distinção. Dinheiro nunca foi e nem nunca será privilégio que tem como utilidade destacar homens e colocá-los acima dos outros em grau de importância para Deus. Não há dinheiro que compre a paz de espírito. Enquanto desencarnados, quando retornarmos ao pó, não há quem separe o pó do pobre do pó do rico. 

O representante do Judaísmo nos lembrou o nível de integração que habita entre as religiões. E que diante de tanto egoísmo e segregação, todas possuem pontos convergentes e que devemos nos preocupar em celebrar a semelhança e não guerrear pelas diferenças, muito menos ressaltá-las em prol do mal. Estávamos unidos, pois éramos diferentes. É a diferença que completa, que engrandece.

O Sheik, engraçadíssimo, com seu sotaque nigeriano, nos relembrou a qualidade do nosso povo. Ressaltou o poder de acolhimento que temos enquanto brasileiros e que bom se fôssemos todos brasileiros ou todos nigerianos, mas há americanos, europeus, argentinos e é por isso que devemos aprender a viver com todos os irmãos, aceitando-os do jeito que foram feitos, pois Deus não erra nunca e há um motivo muito maior do que nós por trás de tantos diferentes. Nada é a toa. Nada é coincidência.

Dom Samuel, mais reservado, leu um texto sobre seu pensamento enquanto diversidade no catolicismo. Me lembrou muito nossas semelhanças, em qualquer religião, de cultuar um Deus que é primordial, que é incontestável, que é guia, que é amor.

Adenáuer, apesar de ser suspeita para falar, comentou sobre as cinco palavras que vêm a sua mente quando houve a palavra diversidade. Para ele, os sinônimos perfeitos são: Alteridade (só somos alguém diante de um outro), Igualdade (somos iguais, pois somos diferentes), Hinduísmo (que, para Adenáuer, é a religião mais linda que existe. Prega o valor da alma universal), Amor (ame o próximo, mesmo que lhe pareça diferente) e Brasil (há lugar com maior diversidade?). E fez a brincadeira, no fim, de juntarmos as letras, formando a palavra BAHIA, berço da diversidade no nosso país.

Por último, mas não menos importante (MESMO!), tivemos o discurso de Mãe Jaciara, que emocionou boa parte do auditório, inclusive eu. Yalorixá, ela defendeu sua religião com unhas e dentes e, para mim, foi o discurso mais munido de verdade e de coração da noite. Ouvimos os preconceitos a que ela é exposta, os absurdos profanados por ignorantes de religiões diversas e experiências que já passou por ser do Candomblé. Ela é filha de uma Mãe de Santo que há pouco tempo teve seu terreiro invadido por Crentes que a agrediram na cabeça com uma Bíblia na justificativa que iriam exorcizá-la em nome de Deus. Mas que Deus é esse a que eles se referem? Foi muito doloroso saber dos desrespeitos escrachados os quais ela é vítima. Contou de uma vez que foi internada e foi obrigada a tirar suas contas e seu turbante para só assim receber o soro, pois iria se converter ali, naquela hora, em nome de Jesus, segundo a enfermeira. Blasfêmia de hereges que se escondem no manto divino de religiões belíssimas para profanar absurdos em nome de Deus. Para mim, o Deus bom, o Deus Pai, não difere nem se desfaz dos seus filhos.

Ontem, eu alcancei mais um degrau na evolução espiritual que eu tanto almejo. Foi uma noite linda, de muito amor e de muita verdade. Gostaria tanto que todos aqueles que eu amo e todos aqueles que já me causaram dor estivessem ali, sentados, ouvindo o que eu ouvi e se arrependendo de tantas coisas como eu me arrependi e revi na minha vida. 

Espero que mais gente possa ir no próximo, pois crescimento espiritual vai além de qualquer religião e molda nosso caráter para um futuro promissor.


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sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Você é animal?

Oi, oi, oi! Hoje eu vim falar de um assunto que eu me interesso muito!

VOCÊ É ANIMAL?

Quisera que fosse! Para além das respostas prontas de que, sim, somos animais da raça humana, antes fôssemos da raça maltês ou da raça labrador ou vira-latas, pois... Francamente! Ser "xingado" de animal deveria ser um elogio. São as criaturas mais adoráveis que Deus pôs nesse mundo! Diria, sua melhor criação! Eles devem ter sido uma tentativa de nos mostrar o que é dedicação sem olhar a quem, o que é um amor puro, o que é a real sensação de sentir saudade, o que são olhos que dizem tudo!

Venho em nome, especificamente, dos cães e gatos! Eu, alucinada por animais, sempre cresci acompanhada por um cachorro e devo ressaltar o quanto isso foi importante para mim! Hoje sou mãe de Lucky, um maltês preguiçoso e barrigudo de 5 anos que é meu amor! Super independente, de personalidade forte, uma figura! Já tive Princesa, uma cocker que nos deixou ano passado por conta de um câncer e Simão, um yorkishaire ESPECIALÍSSIMO na minha vida, que eu sinto muita falta, que era meu príncipe e me deixou após um atropelo acidental. As perdas sempre dóem muito e nem discuto a respeito, pois só quem passa pela dor de perder um amigo íntimo sabe o que estou falando.

Eu sou extremamente radical! NÃO CONFIO EM QUEM ME DIZ NÃO GOSTAR DE ANIMAIS! Pra mim, isso é defeito! Por conta da minha curiosidade, acompanho vários programas, como o Distrito Animal, que acompanha a ASPCA (The American Society for the Prevention of Cruelty to Animals) nos casos de crueldade com animais feitos por quem? Por nós! Absurdos e absurdos. Descasos inexplicáveis, situações constrangedoras para a nossa raça, posturas totalmente negligentes, retratos de falta de amor pelo próximo, cenas revoltantes! Não gosto de ver o que passa, mas acho importante! O trabalho deles é sensacional e fiquei muito feliz quando soube que em SP foi aprovada a construção de uma instituição que cuide judicialmente de crimes contra animais, pena que só há em SP. POR ENQUANTO, assim espero!

Eu sempre fui presenteada com meus cães. Sempre os recebi com o pedigree grampeado em suas certidões de nascimento. Depois de velha, com uma série de informações e relatos de caso, descobri a importância em adotar cães e gatos, ao invés de comprá-los, pois a compra incentiva o mercado negro de reprodução desenfreada que nós, compradores, muitas vezes nunca sabemos que existem.

Já fui em alguns abrigos e feiras de adoções e o impacto é imediato. São como órfãos, suas situações são injustas e eles são negados, muitas vezes, por serem mais velhos e não serem fofos filhotes. Alguns não os querem com a justificativa de, por terem sido resgatados de rua ou serem mais velhos, já possuem suas manias e não irão se adaptar. Como se pudéssemos escolher, na hora de ter um filho, que defeitos e qualidades serão aplicados àquele sujeito. Outros tantos, de raça, são jogados fora, sim, como lixo, pois nasceu diferente da ninhada, com uma coloração que não é interessante para a venda, ou pela orelhinha menor, ou o rabo encurtado, ou o que mais eles julgarem como defeito. Cães e gatos totalmente saudáveis são descartados pelos comerciantes, caso concordem que não fazem o perfil dos compradores. Animais que sofrem algum acidente, perdem sua mobilidade, são vistos como incapazes, inúteis e são, igualmente, mandados para sacrifícios. Quem o faz, provavelmente, não conhece Faith, a cadelinha mais famosa no mundo por sua vontade de viver e pela grande pessoa que é sua dona, uma mulher ANIMAL!

Faith nasceu entre as pessoas certas! Com apenas duas patas saudáveis, uma atrofiada e uma que não se desenvolveu, Faith tinha tudo para ser jogada na rua como um brinquedo quebrado que não serve mais. A atrofiada foi amputada aos 7 meses, não tinha utilidade nenhuma e sua dona, Jude, com o maior coração que lhe foi dado, começou, com a ajuda da manteiga de amendoin, a ensinar Faith a dar pulinhos para ter a guloseima. Com o tempo, Faith, simplesmente, aprendeu a andar sobre as duas patas traseiras de maneira espantosa e hoje é exemplo de superação para muita gente por aí! Rendeu até livro!



Me coloco sempre no lugar deles. Se por acaso, algo acontecesse comigo, eu sofresse um acidente, seria justo ter minha vida desenganada? Era assim que eu gostaria de ser tratada? Feito coisa descartável? Não, não mesmo! E a minha revolta maior é quando ouço: Mas são só cachorros! Só gatos! NÃO! São cachorros e são gatos. O "só" é que me incomoda, pois eles são muita coisa e merecem o amor que dedicariam à gente sem nem questionar.

Os chamados "criadores", pessoas que fazem da venda de animais uma profissão, elegem as fêmeas de ouro e a colocam em um ritmo de reprodução absurda e totalmente contra o ritmo saudável da natureza. A tratam como máquinas de fazer fofos filhotes e a submetem a terríveis condições de vida. Não respeitam seu tempo de recomposição, muito menos sua relação com os filhotes. O vendem feito remédio na prateleira e nós compramos, incentivando-os a fazerem mais. São os que mais descartam animais por acharem que não condizem com a ninhada, por serem diferentes. Abomináveis!

Minha tentativa com esse post é incentivar a adoção! E, ainda mais, incentivar a adoção de cães e gatos que realmente precisam de ajuda! Se você não tiver condições de abrigar algum, você pode se oferecer como lar provisório até que o animal consiga um papai ou uma mamãe que possa abrigá-lo! Ou, se também não puder tê-los em casa por diversos motivos que eu entendo, como alergia, apartamento pequeno, grana pouca, você pode fazer doações em dinheiro ou produto para abrigos ou casos específicos! Qualquer coisa já é uma glória! Há um perfil no face muito bacana para atualizá-los sobre os casos da nossa cidade, Salvador, e como ajudá-los! E é esse aqui! No twitter, sou seguidora de um perfil super esclarecedor e simpático, o Querido Cachorro, atualizado pelo amicão Luiz Augusto! Ele posta várias novidades e notícias nacionais sobre cachorros, bem como as feiras de adoções que ocorrem nas cidades por esse mundão! Segue lá!!!

Por último, mas não menos importante, quebrem o preconceito contra os gatos! Não é regra que são traiçoeiros, falsos, indignos de confiança! Muitos deles são brincalhões, carinhosos, super bobos e ótimas companhias! A chance de algum gato ser chatinho ou não quiser conversa não é absurda e tem muito cachorro anti-social por aí também, né? Não por isso não merecem um lar! Ajude-os a se tornarem sociáveis, muitas vezes são assim por falta de confiança no homem que tanto os destrata! Animais também tem traumas, sabiam?

Abram seus corações, se encham de amor, de gratidão, de compaixão! São os melhores amigos que você terá, os melhores ouvidos, a mais linda companhia, a maior das lealdades, o carinho na hora certa! Nunca vou me esquecer de um dia, que voltei chorando da escola, sentei na cama, olhos fechados, chorando muito, achando que o mundo tinha acabado quando, de repente, ouço um barulhinho lindo na minha frente. Era meu Simão, sentado a minha frente, com os olhos fixados em mim, chorando comigo. Ele não sabia o que havia, mas sentiu o sofrimento e o dividiu comigo. Raras exceções de humanos que já fizeram isso por mim!

E olha... Não sejam rigorosos quanto à raça! Vira-latas, muitas vezes, tem o sistema imunológico fortalecido, justamente por serem mestiços e pelo que passaram nas ruas. O que vai te poupar de uma série de doenças provenientes de raças legítimas que enfraquecem o cão, facilitam o surgimento de doenças de ouvido, infecção e tudo mais. Claro que não é para ignorar os de raça, heim! Só peço que confiem na conexão quando trocarem o olhar com um animal! Acreditem no sexto sentido de vocês e o levem para uma vida de amor, não importando que cor sejam, como estejam, nem de onde vieram!


ADOTE!

quarta-feira, 20 de julho de 2011

#felizdiadoamigo

Como é bom deitar na alegria de um amigo,

Saber que, fora de você, há um corpo que pulsa na sua sintonia.

Como é bom participar de algo que atravessa o tempo, 

Que não acaba, não deteriora, se reparte, revigora, vira infinito.

Tão bom não conseguir imaginar sua vida sem alguém,

Tão bom saber que se esse alguém sai de sua vida, ainda assim, não representa o fim.

Tão bom reconhecer no outro a sua verdade,

Responsabilizar o outro pela sua felicidade,

Agradecer por tanta cumplicidade.

Bom demais ter alguém que mascare sua tristeza,

Que tenha remédio para suas fraquezas,

Que esteja ali a vida inteira...

Bom mesmo é ter amigos!


AMO VOCÊS!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Coisificando sentimentos

Vez ou outra vai acontecer de você querer muito uma coisa e a coisa não estar preparada para você. Aí você pensa o quanto você é apressado.

Se a coisa soube, você pensa que falou demais. Se a coisa não soube, você pensa que perdeu a chance. Se a coisa soube e nada disse, você se arrepende. Se a coisa soube e disse o que você não queria que ela dissesse, você se arrepende.

É só pensar um pouco para descobrir que as coisas podem até não estar preparadas para você, mas que isso não significa que você errou, que você se precipitou. É possível que o momento não seja esse para a coisa, mas se for pra você, então é o momento. Se a coisa quiser ir com você, que bom. Se a coisa não quiser, não insista. Assim como você tem seu tempo, a coisa também tem o tempo dela. Mas, devo ressaltar, que se a coisa diz que você é poesia e infinito e, mesmo assim, não se encaixa no momento, então essa não é a coisa certa.

Você, enquanto outra coisa, deve procurar o seu lugar no centro do palco do sorriso bobo. Deve procurar aquele riso solto, aquela platéia que aplaude até o seu silêncio, que paga ingresso com juros, que não falta uma estréia sequer e ri de todas as suas cenas, mesmo aquelas que você já interpretou centenas de vezes.

Se a coisa que você achou nada disso fizer, não a culpe.
Se a coisa que você escolheu não fez tudo direitinho, não coloque em cima dela as suas expectativas, afinal... São as suas expectativas.
Se a coisa que você quis preferiu esperar, espere.

Agora, se você também acha que, como eu, nada disso faz sentido, que a teoria nunca conversou com a prática, que a coisa merece culpa, que a coisa fez direitinho, mas vacilou depois, coloque, sim, a culpa nela. As suas expectativas são todas oriundas do que recebeu dos outros. E, por fim, se te pedirem para esperar, não espere. Há outras coisas no mundo querendo o que você tem para dar agora, acredite.

Eu sei que você quer muito que essa coisa seja A coisa. Mas, às vezes, ela não é e você vai ter preferido assim lá na frente, confie em mim. Aliás, confie em você. Se despertou algo bom nessa coisa, despertará muito mais em tantas outras.

1,2,3... 10.




sexta-feira, 8 de abril de 2011

TCHARAM!


São 01:49 da manhã do dia 08.04.2011.

Portanto, ontem aconteceu uma tragédia no Rio de Janeiro que colocou Realengo no topo da lista como o pior incidente desse tipo no Brasil e na América Latina. Sem tomar partido, sem julgamentos, sem lados. O meu blog nasceu em uma tentativa mínima de espalhar mais amor, de dar leveza para meus leitores, de fazer rir. Não pense, com isso, que negligencio o que ocorreu. Não espere, de mim, também, que dê opinião, que trace o perfil, que acuse ninguém. A minha liberdade de expressão custa caro. E é com esse pensamento que trarei aqui tudo que eu gostar no caminho. É com muito amor, respeito e graça que abro minha vida, meus isadorismos, com vocês! ;)
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