quinta-feira, 28 de junho de 2012

This is NY, baby!

New York, New... New York... Pam, pam ram ram, pam...

Não é por nada não, mas eu estou falando com vocês num Hotel, vizinho da Times, comendo skittles e bebendo coca-cola. É New York ou não é?

Mais uma viagem que vocês me acompanham e eu adoro contar para quem quiser ler minhas aventuras por aqui, é bom que já vou dando dicas.

Vou logo dizendo... A American Airlines, empresa que me trouxe, é super mal falada e eu acho que é por conta das aeronaves. Como tentamos baratear a ida para podermos guardar dinheiro para gastarmos aqui, fizemos duas escalas com eles até chegar em NY, o que nos resultou uma saga de 12 horas de avião. Atentando para o fato de que esses vôos, apesar de internacionais, não contam com TV individual e a cadeira reclina pouco, a viagem fica um inferno de dores lombares e enjôos. Sem contar que pegamos um piloto de Fórmula 1, não há outra hipótese cabível, que atravessou a velocidade da luz e nos obrigou a ficar quase todo o vôo de Miami para NY com os cintos afivelados. As turbulências que enfrentamos rendeu coros esporádicos de "Ui" e mãozinhas para cima, como numa montanha-russa, daqueles que, provavelmente, não tem família e nem medo de morrer. Eu quase faleci. Mas a comida é muito legal, heim? Almocei um strogonoff de carne muito do gostoso!

O aeroporto de Miami, para quem não conhece, é meio fantasma eu achei. Os únicos locais habitados por humanos são os portões de embarque e as lanchonetes. TODO - ele é muito grande - o resto é solitário e silencioso. Para vocês verem como ele é enorme, temos que pegar trem dentro do aeroporto para chegar nas plataformas correspondentes com o vôo.

Alfândega. A temida alfândega foi mamão com açúcar. Estávamos destinadas a uma cabine com um policial federal jovem, de cabelo raspado, cheio de tatuagens e bigode de xerife. Ou seja, fudeu. Meus caros, nos 45 minutos do segundo tempo, quando éramos as próximas, eis que surge uma troca e a cadeira é ocupada por um gordinho, rapaz, muito do simpático, com cara de mineiro, sorridente e serelepe. Conversou horrores comigo, puxou papo e eu nem precisei colocar todos os dedos para ele pegar as impressões digitais - coisa que minhas tias tiveram que fazer - porque eu acho que passo confiança. SÓ PODE SER ISSO! Ou a minha beleza baiana nagô, uma das duas.

Chegamos em NY às 23h e alguma coisa, horário local, e eu, acordada há mais de 30 horas, só queria dormir, eis que surge a sobrevivência. Só eu falo inglês entre as Salignac e tive que ser a translate da rodada, aliás, do para sempre, né? 

Chegamos no hotel Carter e já começou a porra daí. Famoso pelos ratos que caminham pelo quarto e os funcionários mal humorados, nos deparamos com uma maravilhosa escada para arrastarmos nossas malas gigantescas, único acesso à recepção do hotel. Primeiro ataque de riso da viagem! Para nooooooooooooossa alegria, o hotel é também super antigo, todo dourado e com tapete brega. É quase um hotel fantasma. Eu juro que consegui ver a cena daquele Pânico aparecendo no fim do corredor para me esfaquear. Mas olha que maravilha, funcionários educados, gentis e simpáticos. Jeremy, para ser mais específica, já salvou nossas vidas umas 3 vezes desde que chegamos e olhe que aprontamos, viu... Saldo de ratos vistos até agora: 0. Mas coisas estranhas acontecem quando não estamos aqui... Só para constar.

De cara já saímos. Arranjamos uma desculpa para ir na rua comprar uma besteira. Comprei um potinho de Häagen-Dazs que não pode faltar e fomos comer o famoso hot dog de um dólar, que agora é TRÊS, e ver a rua. Foi o suficiente para me sentir em NY. Já passava de 1h da manhã e estavam todos na rua que, por sua vez, estava toda acesa, com letreiros piscantes, muita gente correndo, taxi amarelinho estacionado, limosines passando e muita capa de revista com Kim Kardashian. Eita coisa maravilhosa!!!

Dormimos e iniciamos o nosso primeiro dia oficialmente na Big Apple. Saímos para comprar ou seria melhor dizer pedir dinheiro para agiotas residentes do bairro de Valéria para que fosse possível bancar nossas loucuras consumistas daqui??

QUE LOUCURA! Eu, idiota, fui inventar de fazer a primeira parada logo na minha queridinha, a Forever 21, que é uma loja que eu "conheço" há um tempo por conta dos blogs de moda que visito. Foram horas. Queridos, horas. Eu estava tão nervosa, tão agoniada e impressionada, que saí pegando tudo que vi pela frente, sem colocar em sacola nenhuma e me perdi de minhas tias. Ao pegar 3 vidrinhos de esmalte e tentar equilibrar tudo nos meus braços, eis que surge o primeiro acidente. Ouvi uma caceta cair no chão e senti minha perna gelar com um líquido gosmento: era a porra do esmalte. Tinha um segurança negão na minha frente, pegada Ilê Aiyê, que me olhou na hora e fez uma carinha de reprovação que eu quase iniciei um ataque cardíaco. Eu queria dizer em todas as línguas que eu iria pagar, quando tentei jogar as compras numa mesa e ver o estrago. Foi o verde-limão-metálico, logo o mais chamativo de todos e o vidro era gordinho. Era quase uma cena de Shrek. Eu estava verde do joelho para baixo. Eu e o chão branquinho da Forever. Eu congelei e esperei alguém aparecer para me salvar. Minhas tias me acharam parada, estática e verde e começaram o ataque de riso. Porra, sacanagem, eu estava desesperada, mas tudo bem. A gerente, uma indiana linda e educadíssima disse para eu não me preocupar, mas como é que faz, minha gente? Eu era um Hulk baiano, morrendo de vergonha, toda pintada, com os dedos colando, vidro entrando no pé e sem poder reclamar por estar toda errada. Passa a página, corri e fui embora.

Passei por vitrines que me fizeram querer ser filha de Eike Batista. Eu preciso de dinheiro para comprar essa cidade inteira, caso contrário serei um caso perdido de depressão e arrependimento, uma esquizofrênica consumista frustrada. Eu vi uns cílios que só Jesus. Comprei alguns, mas eram muitos e eram 11, 12 dólares, o que para mim é uma loucura de caro, mas eles eram especiais, lindos, coloridos, gritantes e estavam ali para mim, eu sei que estavam.

Foi uma tempestade de roupas que me fizeram ruir. Hoje eu exagerei, eu assumo e quero chicotadas. 

Fomos almoçar num restaurante que parecia prato feito, mas era OUTRAS COISA, né? Fiquei tão abestalhada que meu prato tinha morango e macarrão com queijo, assim tudo junto e misturado, além de outras iguarias. 

Depois fomos rodar mais. Entramos na B&H que é uma loja de eletrônicos, especializada em vídeos e fotografias, e ela é enorme. Mas, pasmem, não sou muito ligada em modernidades e fiquei um tempo sentada enquanto minhas tias corriam feito baratas pela loja. Passamos um bom tempo lá o que me fez notar como o pessoal daqui é estranho no bom sentido. São extremamente coloridos - e isso inclui cabeeeeelo - e estilosos. Nossa, uma explosão de moda a cada esquina, tô amando!

Achamos no meio do caminho uma loja de sapatos que, essa eu fiz questão de pegar o nome, se chama... Perdi o cartão, FUCK! Enfim. Era uma loja que me fez sentar e chorar. Todos aqueles sapatos que nós mulheres, sonhando com esse dia do encontro, compartilhamos no facebook e achamos que eles não existem, aqueles de saltos de pedras, brilhos, com caveiras, todos de glitter, de tacha, de spikes, altíssimos... Então, são todos de lá. E estavam em promoção... Te contei? Eu queria soro na veia nesse momento, calcei sapatos que nunca imaginei colocar no meu pé e os que eu gostava não tinha meu número. Saí pedindo para morrer, mas vou tomar coragem para voltar lá até ir embora daqui.

Depois dessa tristeza sem remédio, achamos uma tal de PRIMA DONNA - só lembro o nome, pois comprei lá e tem na sacola - que... Ai, ai. Então, ela de início parece ser só de acessórios, mas quando você vai até o fundo da loja você acha... SAPATOS! Sapatos de 12, 15, 19 dólares... O mais caro que eu comprei foi 30 dólares. E não é qualquer sapato, é sapato com cara de chique, minha filha, fique aí! Substituiu meu sonho de consumo e preencheu o vazio do meu lado fútil? NÃO, mas quebrou o galho, viu colega? Saí feliz demais da conta!

Após muitos sapatos novos, calcinhas, esmaltes, roupas o escambal, cheguei no hotel e estou acabada.com. Amanhã tem mais e vou acordar mais cedo para aproveitar mais ainda, mas PROMETO, SENHOR, me controlar. Hoje eu estava sem limites.

QUE SAUDADE DE VOCÊS!

Love,
Isa.


5 comentários:

  1. Isa!!

    Fiquei com vontade de ver os sapatos que vc comprou....
    Que legal esse diário. Quantas aventuras, hein??

    divirta-se!!

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  2. Amei, amei amei e amo suas historias!
    É como se eu estivesse vendo e ouvindo você contar tudo!
    Quero todos os dias!
    Amo você!
    Divirta-see!!!
    Bibiu

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  3. HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA
    Ô amiga, se divirta horrores, na moral!

    Compre bastante coisas uteis e inuteis!
    e continue me fazendo rir, minha tbm riu muito aqui!
    kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    saudades já, te amo!

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  4. KKKKKKKK velhooo! Muito massa você contando sobre sua ida à NYcity!!!
    Arrasa ai amiuga! Fica famosa, iventa alguma coisa do tipo, "Menos a isah que foi pra New York" (hahaha), pq vc como escritora ta bombando, sucesso!!!
    Beijocas
    Lore luz

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  5. Amiga meu Deus que tudooo...vou pegar um voo corrento p te encontrarrrrrrrrrrrrrrrrrrr...quero tudooooooooooooooooooooooooooooooo
    Flávia Godeiro

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